Uma das queixas mais frequentes entre idosos é a dor. É muito comum a dor de caráter crônico: de uma forma geral, persiste ou recorre por mais de 3 meses. A dor física pode ser decorrente de doenças crônicas, lesões teciduais ou nervos, desgastes articulares. Em muitos casos tem causa multifatorial.
James Campbell, em 1996, definiu a dor crônica como quinto sinal vital, dado o impacto que causa na vida de uma pessoa e também a nível de saúde pública.
Não raro, a dor física sofre influência de fatores psicológicos, sociais e até mesmo espirituais, a chamada Dor Total, definida por Cicely Sauders em 1967, uma das grandes referências em Cuidados Paliativos. Um conceito que parece simples, mas a tamanha complexidade gera a necessidade de uma abordagem multidimensional da dor.
A dor causa grande prejuízo aos idosos ao comprometer sua funcionalidade, o sono, ser uma das causas de isolamento social e de transtornos de humor como, depressão e ansiedade. A causa pode não ser passível de cura, mas deve-se sempre se empenhar pelo controle da dor.
Lembre-se: sentir dor não é normal. Não é normal o idoso ter dor. Ninguém “se acostuma” como uma dor. Há um arsenal medicamentoso e de terapias não farmacológicas para tratamento dos diversos tipos de dor, muitas vezes pouco ou mal utilizados. Ao médico que cuidada de um idoso com dor compete construir um plano de cuidados individualizado, com reavaliações seriadas e comunicação adequada.
Dra Eliza de Oliveira Borges
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Sobre a Dra Eliza de Oliveira Borges
- Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás;
- Residência em Geriatria e Clínica Médica pelo Hospital de Urgências de Goiânia -HUGO;
- Titulada em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia -SBGG e em Cuidados Paliativos pela Associação Médica Brasileira – AMB.
- Pós-graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamérica / Medicina Paliativa, Buenos Aires-Argentina;
- Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Seção Goiás (gestões 2020 – 2022 e 2022-2024).
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