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Ministério da Agricultura detém vendas de uma média de 150 mil garrafas de azeite em seis estados

Ações que visam proibir a comercialização de azeites adulterados e inviabilizando que o cliente seja enganado

A fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para combater a fraude do azeite e retirar das gôndolas dos supermercados produtos considerados impróprios para consumo resultou na suspensão da venda de 151.449 garrafas de azeite em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Goiás, Paraná e Santa Catarina. Como o azeite é o segundo alimento mais falsificado do mundo, perdendo somente para o pescado, e considerando o aumento do consumo desse produto até o final do ano, o Mapa iniciou a operação que visa coibir a venda de produtos adulterados e evitar que o consumidor seja enganado .

O resultado da ação foi divulgado em entrevista coletiva realizada em Porto Alegre. Foram encontradas no supermercado 24 marcas irregulares. As violações referem-se a produtos não registrados no mapa, fraudulentos, clandestinos e contrabandeados. Durante a operação, três fábricas clandestinas foram descobertas. O azeite nada mais era do que uma mistura de óleos vegetais de origem desconhecida. Após constatar a adulteração no processo de fabricação de seus produtos em 2021, o registro da fábrica do interior paulista também foi suspenso.

“Os consumidores não devem comprar os azeites dessas marcas divulgadas pelo Mapa. Fica o alerta também para os supermercados, pois o local que estiver com um desses produtos expostos à venda se responsabilizará pela irregularidade e responderá perante o Ministério com multas que podem chegar a R$ 532 mil reais”, frisou o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos Origem Vegetal, Glauco Bertoldo. Os azeites eram comercializados em todo o país.

O azeite virgem pode ser dividido em três tipos: extra virgem (acidez menor que 0,8%), virgem (acidez entre 0,8% e 2%) e Lampante (acidez maior que 2%). Os dois primeiros podem ser consumidos frescos, retendo todos os aspectos benéficos do corpo. O terceiro tipo, lampante, deve ser refinado antes do consumo, quando é classificado como azeite refinado. A análise é complexa e requer treinamento e equipamentos sofisticados. A fraude do produto foi confirmada no relatório de análise da avaliação oficial online do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA).

A fiscalização do azeite de oliva é baseada na Lei nº 9.972 / 2000 e é regulamentada pelo Decreto Federal nº 6.268 / 2007 e Especificação cartográfica nº 1/2012, que estabelece a regulamentação técnica do produto. A operação contou com o apoio da Anvisa, órgãos de fiscalização sanitária estaduais e municipais, órgãos públicos e polícia civil. Os fatos comprovam que o trabalho conjunto é essencial para a obtenção de resultados de fiscalização mais eficazes no combate à fraude.

 

 

Lista de azeites adulterados e suspensos do mercado em 2021:

  • Alcazar
  • Alentejano
  • Anna
  • Barcelona
  • Barcelona Vitrais
  • Castelo dos Mouros
  • Coroa Real
  • Da Oliva
  • Del Toro
  • Do Chefe
  • Épico
  • Fazenda Herdade
  • Figueira do Foz
  • llha da Madeira
  • Monsanto
  • Monte Ruivo
  • Porto Galo
  • Porto Real
  • Quinta da Beira
  • Quinta da Regaleira
  • Torre Galiza
  • Tradição
  • Tradição Brasileira
  • Valle Viejo 

 

Consumidor

A fraude mais comum no processo de fabricação do azeite é misturar óleo de soja com cores e sabores artificiais. Também foi descoberta casos de azeite refinado vendido como azeite extra virgem. Para evitar a compra de azeite que exceda os padrões de conformidade para classificação de azeite, leia algumas dicas.

 

 

Dicas para comprar um azeite de qualidade:

  • Desconfie do preço (produtos com valores muito abaixo do praticado pelo mercado devem acender  um alerta);
  • Confira a lista dos produtos irregulares já apreendidos  em ações do Ministério da Agricultura;
  • Fique atento às características da embalagem: o vidro deve ser escuro;
  • Prefira produtos com a data de envaze mais recente.

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