Os consumidores brasileiros podem comemorar o início do ano de 2024 com uma boa notícia nas contas de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (29) que a bandeira tarifária para o mês de janeiro será mantida na cor verde, o que significa que não haverá custos extras nas contas de energia elétrica.
Essa decisão da Aneel se baseia nas condições favoráveis de geração de energia que persistem no país. Desde abril de 2022, os consumidores não precisam mais se preocupar com custos adicionais em suas faturas de luz, graças ao término da escassez hídrica que havia afetado o Brasil de setembro de 2021 a meados de abril de 2022.
As bandeiras tarifárias foram introduzidas pela Aneel em 2015 como uma forma de refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica. Elas são divididas em níveis e indicam o custo para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia utilizada em residências, comércios e indústrias.
Quando a bandeira verde está em vigor, não há nenhum acréscimo na conta de luz. Por outro lado, as bandeiras amarela e vermelha podem resultar em acréscimos, variando de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Durante o período da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, os consumidores pagaram um adicional de R$ 14,20 a cada 100 kWh.
O Sistema Interligado Nacional é composto por quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, cobrindo praticamente todo o país. Há apenas algumas áreas nos estados da Região Norte, Mato Grosso e todo o estado de Roraima que não estão integradas ao SIN. Atualmente, existem 212 localidades isoladas do SIN, onde o consumo de energia é baixo e representa menos de 1% da carga total do país, sendo suprido principalmente por usinas térmicas movidas a óleo diesel.
