HCN Adverte Sobre Sintomas de Complicações da Dengue

No ano de 2023, o Brasil enfrentou uma escalada alarmante no número de casos prováveis de dengue, superando as estatísticas de anos anteriores. Com mais de 1,5 milhão de ocorrências registradas, esse surto se mostrou quase três vezes mais devastador do que em 2021, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Diante dessa preocupante realidade, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), uma instituição vinculada ao governo de Goiás em Uruaçu, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), lança um alerta à população e enfatiza a importância das medidas preventivas no combate à dengue.

Com a chegada do clima quente e o aumento das chuvas no início do ano, a proliferação do temido mosquito Aedes Aegypti, vetor não apenas da dengue, mas também do Zika e da Chikungunya, atinge níveis críticos. Nesse contexto, é fundamental estar atento aos sintomas e possíveis complicações da dengue, especialmente nos casos graves.

A Dra. Nívia Ferreira, médica infectologista do HCN, um hospital administrado pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), destaca a necessidade de monitorar cuidadosamente os sinais da doença, principalmente nos casos mais graves, que podem envolver dores abdominais intensas, vômitos persistentes, sangramentos, alterações neurológicas e no estado emocional. A atenção médica especializada é crucial para evitar a progressão da doença para estágios mais severos.

Grupos de maior vulnerabilidade, como indivíduos com doenças crônicas, gestantes, idosos e crianças, merecem atenção redobrada no que se refere à prevenção e ao acompanhamento dos sintomas.

O tratamento da dengue coloca a hidratação em primeiro plano, sendo essencial para aliviar os sintomas e promover a recuperação do paciente. A febre e os sintomas associados podem levar à desidratação, aumentando o risco de complicações, tornando a reposição de líquidos fundamental para estabilizar a pressão arterial e evitar problemas mais graves, como o choque.

Embora exista uma vacina para os quatro sorotipos da dengue, é crucial enfatizar a conscientização da população, tanto na prevenção quanto no tratamento da doença. A Dra. Nívia Ferreira ressalta a importância da avaliação e acompanhamento por profissionais de saúde, especialmente para pacientes que já tiveram a doença anteriormente, devido ao risco aumentado de complicações.

Com a temporada de chuvas, o acúmulo de água em recipientes diversos, como pneus, vasos de plantas e objetos descartados, cria condições ideais para a reprodução do mosquito Aedes Aegypti. A prevenção se torna ainda mais crucial durante esses períodos, exigindo a limpeza regular e a verificação de possíveis focos.

Medidas como esvaziar garrafas e mantê-las viradas para baixo, limpar calhas, colocar areia nos pratos de plantas, tampar tonéis, lixeiras e caixas-d’água, além de proteger objetos da chuva, como pneus e lonas, são essenciais. O uso de repelentes também se destaca como uma prática preventiva eficaz.

No entanto, é crucial evitar a automedicação, especialmente com medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) e outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno e o naproxeno. Esses medicamentos aumentam o risco de sangramentos, uma complicação grave associada à dengue, devido à queda nas plaquetas responsáveis pela coagulação. Portanto, seguir a orientação de um profissional de saúde é fundamental para a segurança do paciente.

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