HCN alcança a 12ª captação de órgãos, consolidando-se como referência no estado

No dia 6 de dezembro, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) atingiu a marca de sua 12ª captação de órgãos desde 2022, reafirmando sua posição como uma referência no estado. O procedimento, que abrangeu a captação de rins, baço e córneas, teve duração aproximada de cinco horas e contou com o suporte da equipe da Central Estadual de Transplantes (CET). O transporte dos órgãos de Goiânia para Uruaçu foi realizado por meio do avião do Serviço Aéreo do Estado de Goiás (SAEG).

No ano de 2023, Goiás estabeleceu um recorde histórico, com 98 famílias doadoras. O HCN já conduziu seis captações este ano, sendo esta a segunda em menos de 15 dias.

A doadora, uma mulher de 21 anos vítima de um acidente automobilístico, teve o apoio contínuo da equipe multidisciplinar e médica do HCN, que incluiu psicólogos e assistentes sociais, desde sua chegada ao hospital até a realização do procedimento.

Katiuscia Freitas, gerente da Central Estadual de Transplantes, enfatizou que o progresso nos números alcançados pelo estado é reflexo da sensibilidade das famílias doadoras, aliada aos investimentos em treinamentos e capacitações para as equipes. Ela ressaltou: “Cada doação representa um passo em direção à esperança de vida para aqueles que aguardam na fila de espera”.

Leide Vaniele Ribeiro Santos, coordenadora de enfermagem da UTI Adulto do HCN, salientou que o gesto de familiares de um mesmo doador pode beneficiar várias pessoas e destacou a importância de discutir e incentivar a doação de órgãos, ressaltando que milhares de vidas são salvas graças a esse ato.

A unidade do Governo de Goiás, em Uruaçu, administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), orienta e incentiva familiares e pacientes sobre a relevância de ser um doador. A abordagem e apoio às famílias são realizados pela equipe multidisciplinar da comissão responsável, composta por profissionais de diversos departamentos essenciais para a efetivação da captação.

Quanto à fila de espera, o Brasil conta com cerca de 58 mil pessoas aguardando por um transplante de órgão, sendo 28 mil para rim e 19 mil para córnea. O país se destaca globalmente nesse tipo de procedimento, ocupando o segundo lugar em número de transplantes.

Os órgãos doados são direcionados aos pacientes na fila única do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), considerando critérios como compatibilidade, idade, doenças associadas e urgência, conforme avaliação da equipe cirúrgica. No Brasil, para se tornar um doador, não é necessário deixar um registro por escrito; basta conversar com a família sobre esse desejo.

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