O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária, publicou o Ato nº 52 no Diário Oficial da União desta terça-feira (05), referente ao registro de 51 produtos formulados, ampliando o arsenal de defensivos disponíveis para os agricultores. Entre esses, nove são considerados de baixo impacto.
Desta nova leva, destaca-se um produto biológico composto por Bacillus thuringiensis e Brevibacillus laterosporus. O Bacillus thuringiensis, conhecido como BT, já é reconhecido no controle de pragas, porém, a novidade está na inclusão da bactéria Gram-positiva Brevibacillus laterosporus. Estudos indicam a eficácia dessa bactéria no controle de alguns insetos, e este produto foi aprovado para combater Chrysodeixis includens (falsa medideira), Tuta absoluta (traça-do-tomateiro) e Spodoptera frugiperda (lagarta do milho).
Outro destaque é um produto à base de extrato de Argemone mexicana, planta utilizada em algumas regiões como recurso terapêutico. Este extrato foi registrado para o controle de Bemisia tabaci biótipo B em cultivos de melão e tomate; Dalbulus maidis no milho; Euschistus heros na soja.
Em 2023, já foram registrados 72 produtos de baixo impacto, elevando o total de novos produtos para 489, sinalizando uma crescente atenção às práticas agrícolas sustentáveis.
Quanto aos produtos químicos, a inovação está nas misturas de ativos já registrados, configurando produtos que, analogamente aos medicamentos genéricos, oferecem alternativas. Esses defensivos genéricos visam reduzir a concentração do mercado, fomentando a concorrência e, consequentemente, promovendo um comércio mais equitativo e custos de produção mais baixos para a agricultura nacional.
Os demais produtos se baseiam em ingredientes ativos já previamente registrados no país.
Todos os produtos registrados passaram por análises e aprovações dos órgãos competentes responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, seguindo critérios científicos alinhados com as melhores práticas internacionais.
