Jornal Folha de Goiás – Ministério da Saúde investe R$ 256 milhões e cria Sala Nacional para controle de arboviroses

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O Ministério da Saúde anuncia a destinação de R$ 256 milhões para fortalecer a vigilância e o combate às arboviroses, como dengue, chikungunya e Zika, em todo o país. Esta iniciativa estratégica, formalizada por portaria nos próximos dias, visa enfrentar o aumento tradicional de casos durante o período chuvoso.

Um montante de R$ 111,5 milhões será injetado até o final deste ano, com R$ 39,5 milhões destinados aos estados e ao Distrito Federal, e R$ 72 milhões direcionados aos municípios, a fim de reforçar as ações contra o Aedes aegypti. Adicionalmente, a mesma portaria disponibilizará R$ 144,4 milhões para impulsionar a vigilância em saúde.

Uma das medidas cruciais é a instalação da Sala Nacional de Arboviroses (SNA), um espaço permanente para monitoramento em tempo real das áreas com maior incidência dessas doenças. Isso possibilitará o apoio às ações de vigilância em estados e municípios, visando uma resposta ágil diante de um possível aumento de casos.

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, ressalta a projeção de aumento de casos devido à possível ampliação do sorotipo três da dengue, ausente no Brasil há mais de 15 anos. Para enfrentar esse cenário, a SNA coordenará todas as atividades de monitoramento e combate, envolvendo diversas secretarias do Ministério da Saúde.

A secretária destaca a importância do treinamento das equipes de Saúde da Família, em colaboração com as coordenações de arboviroses nos estados e municípios, para aprimorar a atuação dos agentes de combate a endemias (ACE).

As ações do Ministério da Saúde ao longo de 2023 já contemplaram a mobilização do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE), com 11 intervenções de apoio aos estados com maior incidência de dengue e chikungunya. Foram distribuídas cerca de 345 mil reações de sorologia e 131 mil exames de RT-PCR, enquanto um investimento de R$ 84 milhões viabilizou a compra de produtos para combater o mosquito transmissor.

O lançamento do Guia de Manejo de Dengue e de Chikungunya e das Diretrizes de Controle Vetorial está previsto para as próximas semanas. Ademais, novas tecnologias de controle vetorial serão implementadas em 177 municípios de grande porte.

Apesar do registro de mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue até 25 de novembro, representando um aumento de 22,7% em relação ao ano anterior, a taxa de letalidade apresentou redução. Contudo, as mudanças climáticas e o fenômeno El Niño devem intensificar a propagação do Aedes, tornando a prevenção uma prioridade máxima.

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