Todos os anos, o suicídio aparece entre as 20 principais causas de morte no mundo para pessoas de todas as idades. Para marcar o dia (10), quando é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Suicídio, o Ministério da Saúde lançou um boletim temático com orientações para a sociedade sobre prevenção ao suicídio.
O documento é destinado às famílias, educadores, conselhos tutelares, líderes comunitários, religiosos e à população em geral, com o objetivo de reforçar a campanha do Setembro Amarelo, com disseminação de informações e dicas importantes para conscientizar as pessoas sobre como agir e lidar com o assunto. A prevenção do suicídio requer o esforço de todos e estratégias integrativas que englobem o trabalho em nível individual, de sistemas e da comunidade.
O suicídio é o resultado de uma convergência de fatores de risco genéticos, psicológicos, sociais e/ou culturais, às vezes combinados com experiências de trauma e perda. Configura-se como morte intencional autoinflingida, ou seja, quando a pessoa decide tirar a própria vida. O comportamento suicida inclui suicídio e também engloba ideação suicida e tentativas de suicídio com episódios de automutilação, por exemplo.
A prevenção ao suicídio é uma das prioridades do Ministério da Saúde e representa um desafio para a saúde pública, por se tratar de um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas causas e determinações. O Governo Federal vem desenvolvendo ações integradas de prevenção, vigilância, promoção da saúde e de cuidados relacionados ao suicídio.
A campanha Setembro Amarelo, incentivada pelo Ministério da Saúde, tem objetivo de conscientizar sobre a valorização da vida e reforçar como é essencial conversar sobre o assunto, buscar ajuda e, principalmente, oferecer assistência necessária. O diagnóstico precoce, tratamento correto e acompanhamento profissional adequado dos distúrbios mentais são caminhos que impactam diretamente na redução dessas mortes.
No boletim publicado nesta sexta, é possível ter acesso a informações importantes, como os principais sinais de alerta, como ajudar uma pessoa que está sob risco de suicídio, onde e como buscar ajuda, além de ter acesso a várias publicações importantes sobre o tema. O boletim ainda traz frases de alerta e sinais que demandam atenção, com dicas de como iniciar uma conversa com alguém que está com algum tipo de sofrimento.
Outras iniciativas simples podem ajudar a prevenir o suicídio como ambiente familiar agradável, tempo de qualidade com os familiares, para promover momentos de aproximação e meios de se reunir, brincar ou conversar.
Acesse aqui o boletim temático da biblioteca do ministério da saúde sobre prevenção ao suicídio – 2021
No início do mês, a prevenção do suicídio e a automutilação, além do cuidado à saúde mental, foram destaques durante o evento de lançamento do curso de formação de multiplicadores em urgências e emergências em saúde mental. A iniciativa integra as ações do Setembro Amarelo e contou com as presenças da ministra do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que reforçou o compromisso do Governo Federal com o atendimento de pessoas com doenças mentais na Atenção Primária. “Trata-se de uma das prioridades do Ministério da Saúde. Vamos trabalhar de maneira dedicada e queremos providências que sejam eficazes e efetivas”, afirmou o ministro.
Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. No Brasil, foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria, com o objetivo de associar a cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, em 10 de setembro. A ideia é pintar, iluminar e estampar o amarelo em monumentos e nas mais diversas resoluções, garantindo mais visibilidade à causa. No país, esse movimento vai de Norte a Sul e envolve escolas, universidades, entidades do setor público e privado e a sociedade em geral, além de contar com todo apoio do Governo Federal.
Investimentos na saúde mental
O Ministério da Saúde adquiriu R$ 649,8 milhões em medicamentos para a saúde mental em 2021. Os incentivos para abertura e habilitação de novos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) têm crescido nos últimos anos. De 2017 a 2021, mais de 1.350 novos serviços foram habilitados. Para isso, o Ministério repassa R$ 306,1 milhões anualmente. Do início de 2020 a agosto de 2021, foram repassados R$ 99,2 milhões para 2.657 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), habilitados e regularmente custeados pelo Ministério.