O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou novos preços mínimos para os principais produtos agrícolas brasileiros, incluindo a laranja in natura, o café arábica e o café conilon, para a safra 2024/2025. A iniciativa, divulgada no Diário Oficial da União, é parte da estratégia do Governo Federal para oferecer diretrizes econômicas aos produtores rurais e assegurar uma remuneração justa pelo seu trabalho, em consonância com as diretrizes da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
A definição dos valores, estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) após análise das propostas encaminhadas pelo Mapa e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), serve como ferramenta vital para o planejamento da próxima safra. Além de orientar os agricultores nas decisões de plantio, esses preços mínimos também são um sinal do compromisso do Governo Federal em apoiar o setor, seja pela compra direta de produtos ou por subvenções, caso os preços de mercado caiam abaixo dos valores mínimos definidos.
Para o café, os preços terão validade de abril de 2024 a março de 2025, refletindo uma adaptação aos ciclos produtivos do setor. Já para a laranja, os preços serão válidos de julho de 2024 a junho de 2025, reconhecendo as especificidades da colheita da fruta. A atualização dos preços demonstra uma variação em relação à safra anterior, com uma redução de 6,76% para o café arábica e de 8,03% para o conilon, fixando-os em R$637,91 e R$423,08 por saca de 60 quilos, respectivamente. Essa alteração é justificada pela diminuição dos custos de produção, especialmente nos preços dos fertilizantes.
Por outro lado, o preço mínimo para a laranja in natura observou um aumento de 4,89%, estabelecendo o valor de R$21,53 por caixa de 40,8 kg no Rio Grande do Sul e de R$23,83 para o restante do país. A revisão tarifária é resultado de uma meticulosa apuração dos custos de produção, realizada pela Conab em importantes estados produtores como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia.
A atualização anual dos preços mínimos, sob a coordenação da Conab, é uma peça-chave na estratégia do governo para estabilizar a renda dos agricultores e incentivar a continuidade da produção agrícola nacional. Ao garantir um piso para os preços dos produtos, o governo não apenas protege os produtores contra as flutuações de mercado, mas também promove a sustentabilidade econômica do setor agrícola, essencial para a economia brasileira.