A Petrobras está pronta para distribuir aos seus acionistas um total de R$ 21,95 bilhões em dividendos extraordinários, representando metade do valor avaliado para esse fim. Essa decisão, referente ao exercício social de 2023, foi aprovada durante a assembleia geral ordinária realizada nesta quinta-feira (25).
Com base nas atualizações monetárias desde o último dia de dezembro do ano anterior, o pagamento está estimado em R$ 1,7571521 por ação preferencial e ordinária. No entanto, os acionistas receberão essa remuneração em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho. Até o momento dos efetivos repasses, os valores continuarão sendo corrigidos.
Além dos dividendos extraordinários, a Petrobras também irá honrar compromissos anteriores, totalizando R$ 14,19 bilhões, considerando o lucro do ano de 2023 e a política de remuneração aos acionistas da empresa. Isso significa que, atualmente, os valores somam R$ 2,8949567 por ação preferencial e ordinária, com cada parcela equivalente a R$ 1,44747835.
A decisão de distribuir esses dividendos foi precedida por um impasse que surgiu em março, quando a companhia anunciou um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões para 2023, o segundo maior de sua história. Na época, o Conselho de Administração optou por reter R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários devido à previsão de novos investimentos.
Essa retenção, anunciada em março, gerou uma queda de aproximadamente 10% nas ações da Petrobras em um único dia, causando preocupações tanto no mercado quanto no âmbito político. No entanto, após uma análise mais detalhada, o Conselho de Administração decidiu reverter a situação, autorizando o pagamento dos dividendos extraordinários em 50%.
Com isso, está previsto que a primeira parcela seja paga em 20 de maio para os acionistas que negociam na B3, a bolsa de valores brasileira, e em 28 de maio para os detentores de ADRs nos Estados Unidos. A segunda parcela está programada para 20 de junho na B3 e 27 de junho para os detentores de ADRs.
