Em março de 2024, o Valor Bruto da Produção (VBP) do Brasil atingiu o impressionante montante de R$1,147 trilhão, com as lavouras contribuindo com R$ 775,8 bilhões (67,6%) e a pecuária adicionando outros R$ 371,4 bilhões (32,4%). Este resultado reflete um crescimento de 12,5% ao longo dos últimos cinco anos, impulsionado por aumentos significativos em culturas chave como cana-de-açúcar (36,7%), cacau (55,6%), arroz (21%) e mandioca (50%).
As principais culturas como soja, milho, cana-de-açúcar, café e laranja representaram 52% do valor total em março. No setor pecuário, bovinos, aves e suínos foram responsáveis por 25% do valor.
Comparado ao mesmo mês do ano anterior, houve uma redução geral de 1,4% no VBP. As lavouras enfrentaram uma queda de 4,4% devido principalmente a condições climáticas adversas e queda nos preços de commodities como soja e milho. Em contraste, o setor pecuário registrou um crescimento de 5,5%, beneficiado pelo aumento notável na produção de suínos (65,4%) e aves (9,2%).
Apesar das adversidades, o setor agropecuário tem mostrado uma notável resiliência. A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) destacou que, mesmo diante de crises climáticas e flutuações de preços, a agricultura e pecuária mantêm um desempenho sólido, ultrapassando o patamar de um trilhão de reais pelo quinto ano consecutivo.
No detalhe das culturas, o arroz registrou um aumento de 21,8% em seu valor devido ao aumento dos preços internacionais, enquanto o feijão e o café viram incrementos de 18,2% e 17%, respectivamente. Por outro lado, a soja teve a maior queda em valor, com uma redução de 19,8%, seguida pelo milho, que diminuiu 10,8%.
O VBP é um indicativo vital do desempenho econômico das lavouras e pecuária ao longo do ano, refletindo o faturamento obtido nas propriedades. Sua base de cálculo inclui a produção e os preços recebidos pelos produtores nos principais mercados do país, abrangendo os 26 produtos agropecuários mais significativos. A cifra real é calculada descontando a inflação, conforme o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da FGV, com atualizações mensais até o dia 15 de cada mês.
