Nesta terça-feira (28), em Brasília, foi oficialmente lançado o Programa Manuel Querino de Qualificação Profissional (PMQ), uma iniciativa voltada para fortalecer a política pública de qualificação para trabalhadores. O foco principal desse programa abrange jovens e grupos vulneráveis, priorizando a promoção da diversidade e a erradicação da discriminação.
A viabilização dos cursos se concretizou por meio de parcerias consolidadas entre o Ministério do Trabalho e Emprego, estados e municípios que aderiram ao Sistema Nacional de Empregos (Sine), juntamente com institutos e universidades federais.
Cristina Kavalkievicz, diretora de qualificação social e profissional do Ministério do Trabalho, estima que, inicialmente, cerca de 60 mil pessoas serão beneficiadas pelo Sistema Nacional de Emprego, enquanto outras 40 mil serão atendidas por universidades e institutos federais.
“Na próxima fase, pretendemos estabelecer parcerias com movimentos da sociedade civil organizada, mas ainda necessitamos angariar mais recursos”, avaliou Cristina.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ressaltou a importância do Programa Manoel Querino como uma das estratégias do governo para impulsionar o crescimento econômico. Ele enfatizou a necessidade de proporcionar oportunidades para os profissionais acompanharem as inovações do mercado.
“Além disso, é crucial garantir remunerações justas, sendo que a política de valorização do salário mínimo desempenhará um papel fundamental para o aumento da massa salarial, o que conduz ao crescimento do consumo e à ampliação da demanda de produção”, explicou o ministro.
Marinho também destacou que o lançamento do programa representa mais um passo na reconstrução do Brasil, uma vez que a Política Nacional de Qualificação do Trabalhador havia sido interrompida no governo anterior e agora retorna revisada para acompanhar as mudanças econômicas.
“Devemos investir em acordos coletivos, no fortalecimento dos sindicatos, na melhoria do ambiente de trabalho e, sobretudo, no ambiente econômico com novos investimentos, inovações, transição energética, respeito ao meio ambiente, sem discriminação e preconceito”, ressaltou o ministro.
O nome do programa é uma homenagem ao escritor abolicionista baiano Manoel Querino, nascido em 28 de julho de 1851. Reconhecido por sua contribuição na valorização da cultura africana na Bahia, ele foi responsável pelos primeiros registros antropológicos do estado, além de fundar a Liga Operária Baiana, uma das primeiras cooperativas de trabalhadores da construção civil no Brasil. Querino também foi membro fundador do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, deixando um legado significativo até seu falecimento em 14 de fevereiro de 1923.
“É uma honra prestar essa homenagem a um grande intelectual negro, representando o compromisso do ministério com a valorização do trabalhador, sem preconceitos e de forma inclusiva”, concluiu o ministro.
