No mundo em que vivemos cercados de estímulos externos é comum termos distração. Porém, quando a falta de atenção começa a prejudicar a vida diária é necessário investigar se não se trata de um problema maior.
Para isso é importante entender a diferença entre distração e déficit de atenção. Existem 4 tipos de atenção: atenção concentrada, atenção alternada, atenção seletiva e atenção focada. É caracterizada distração quando apenas um dos tipos de atenção são alterados por um curto período, enquanto o déficit de atenção prejudica pelo menos três delas.
O déficit de atenção é um distúrbio que se manifesta em crianças e adultos, caracterizado inicialmente pela impulsividade e pela falta de concentração em atividades cotidianas. O problema pode se apresentar de dois jeitos: com ou sem hiperatividade. O primeiro, chamamos de Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), e o segundo, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
A principal diferença entre os dois está na última palavra da sigla TDAH. Ambos são transtornos genéticos neurobiológicos, mas o portador de TDAH apresenta desde a infância os sinais de inquietação excessiva, desatenção e ansiedade.
Esses sintomas o acompanharão ao longo da vida, exceto a hiperatividade que reduz com o avanço da idade. Nos casos de DDA, a inquietude e as demais características também aparecem. Porém, o nível de agitação é inferior, descartando a hiperatividade.
Além de genética, as condições também podem ser atribuídas ao uso excessivo de tecnologias, má alimentação, estresse, uso de álcool e algumas psicopatologias. Para controlar os sintomas, é recomendável mudar o estilo de vida e adotar algumas práticas como atividades físicas, boa alimentação, auxílio psicológico, terapia comportamental e uso de medicamentos.
É preciso ter atenção, pois quando a situação começa a prejudicar a vida profissional, acadêmica e social, é necessário avaliar se não se trata de um problema maior. Por isso, buscar auxílio especializado de um psiquiatra é um passo importante para ter um diagnóstico e definir o melhor tratamento.
Dr. Danilo de Melo
CRM-GO 13624 / RQE 12082
Psiquiatra e Psicoterapeuta
-Membro da Associação Psiquiátrica de Goiás – APG;
-Membro Titular da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP.
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