A produção de grãos no Brasil está prestes a alcançar a marca de 316,7 milhões de toneladas na safra 2023/2024, conforme anunciado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa estimativa representa uma ligeira queda de 4,7 milhões de toneladas, ou 1,5%, em comparação com a safra anterior de 2022/2023.
Os desafios climáticos, incluindo o excesso de chuvas nas regiões Sul e Sudeste e a escassez de precipitações no Centro-Oeste, desempenharam um papel crucial na redução da área de cultivo nesta safra. No entanto, a área cultivada deve aumentar em 0,5%, atingindo 78,9 milhões de hectares. Além das culturas de primeira safra, que continuam sendo plantadas até dezembro, essa área incluirá as culturas de segunda e terceira safras, bem como as de inverno, com o plantio concluído em junho.
Quanto aos principais grãos, a soja, consolidando a posição do Brasil como o maior produtor mundial de oleaginosas, projeta-se uma produção de 162,4 milhões de toneladas, com um aumento de 2,8% na área plantada.
Em contrapartida, o milho enfrenta uma redução de 5% na área total cultivada, estimada em 21,1 milhões de hectares, com uma produção prevista de 119,1 milhões de toneladas.
No setor do algodão, espera-se um aumento de 4,2% na área plantada, atingindo um total de 1,73 milhão de hectares e uma produção de 3,04 milhões de toneladas de pluma.
As perspectivas também são favoráveis para o arroz e o feijão. A área plantada de arroz deve crescer 5,2%, com uma produção esperada de 10,8 milhões de toneladas. O feijão segue a mesma tendência, com um crescimento previsto de 3,3% na área total plantada, estimada em 2,8 milhões de hectares e uma produção nacional de 3,1 milhões de toneladas.
Apesar dos desafios climáticos, o Brasil continua a desempenhar um papel fundamental no cenário global de produção de grãos, mantendo sua posição de destaque na agricultura mundial.
