Na terça-feira, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, oficializou o início do processo de adesão do país sul-americano ao Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), popularmente conhecido como o Banco do Brics. A cerimônia ocorreu durante uma reunião com a ex-presidente do Brasil e atual chefe do NBD, Dilma Rousseff, e reflete um passo significativo na integração da Argentina com esta instituição financeira internacional.
Num comunicado divulgado pela Casa Rosada, o governo argentino enfatizou a importância desta adesão, destacando que o Banco do Brics desempenha um papel vital ao fornecer financiamento a nações com economias emergentes. A Argentina vê essa colaboração como uma oportunidade substancial para seu futuro econômico e como um passo fundamental na direção de uma arquitetura financeira global mais inclusiva, com maior participação de nações.
Segundo as autoridades argentinas, a adesão ao Banco do Brics oferece “uma oportunidade única de abertura de novos mercados, consolidação dos já existentes, promoção de fluxos de investimento, aumento das exportações e o desenvolvimento da aplicação de novas e melhores tecnologias”. Este movimento é percebido como uma estratégia crucial para fortalecer a economia argentina e seu papel no cenário global.
O presidente Alberto Fernández expressou sua gratidão à ex-presidente Dilma Rousseff por seu compromisso em facilitar a entrada da Argentina neste bloco econômico de destaque. Em uma mensagem publicada em sua conta nas redes sociais, Fernández declarou: “Agradeço sinceramente o compromisso de Dilma, minha sempre respeitada e querida amiga, em facilitar a entrada do nosso país neste importante bloco econômico.”
Dilma Rousseff, por sua vez, reconheceu o significado deste passo, afirmando que “é uma grande alegria receber na sede do banco o presidente da Argentina, que apresentou o pedido de adesão que deverá ser apreciado pelo Conselho de Administração do Banco do Brics.”
Este convite para a Argentina aderir ao Banco do Brics foi feito em agosto do ano anterior, durante uma cúpula do Brics em Joanesburgo, na África do Sul. Naquela ocasião, os membros do grupo, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, concordaram com a inclusão da Argentina, bem como de outros países, como Arábia Saudita, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia. A integração da Argentina nesse bloco promete desempenhar um papel fundamental nas relações econômicas internacionais e no desenvolvimento do país.
