Expectativas otimistas: Mercado financeiro eleva projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2,92% em 2023

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A visão a longo prazo também é positiva, com expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,51% para o próximo ano e uma expansão estável de 2% prevista para 2025 e 2026.

Este otimismo se baseia em dados concretos: a economia brasileira registrou um crescimento de 0,1% no terceiro trimestre deste ano, comparado ao segundo trimestre, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento acumulado no ano atinge 3,2%, levando o PIB a um patamar 7,2% acima do nível pré-pandemia, alcançado no final de 2019.

A inflação, no entanto, ainda permanece um desafio. O Focus apontou uma leve redução na previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023, de 4,54% para 4,51%. Para 2024, a estimativa de inflação é de 3,93%, com expectativas de 3,5% para 2025 e 2026. Estas cifras superam o centro da meta de inflação do BC, que é de 3,25% para 2023, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O Banco Central destaca a possibilidade de 67% de a inflação ultrapassar o teto da meta em 2023. Mesmo assim, as projeções de inflação para 2024 ainda estão dentro do intervalo de tolerância, apesar de superarem a meta central de 3%.

Em resposta a essas tendências, o BC tem ajustado a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente em 12,25% ao ano, a expectativa do mercado é que ela seja reduzida para 11,75% ao final de 2023. O Copom iniciou um ciclo de cortes na taxa, refletindo uma mudança em relação ao período de março de 2021 a agosto de 2022, quando a Selic foi elevada consecutivamente.

Os analistas preveem que a taxa básica de juros caia para 9,25% ao fim de 2024 e se estabilize em 8,5% nos anos seguintes. Essas mudanças na Selic refletem a tentativa do BC de equilibrar a necessidade de controle inflacionário com a promoção do crescimento econômico.

Por fim, o mercado financeiro projeta que a cotação do dólar feche o ano em R$ 4,95, com uma previsão de R$ 5 para o fim de 2024. Esses dados sinalizam uma visão cautelosamente otimista para a economia brasileira nos próximos anos.

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