Governo de Goiás Estende Emergência Sanitária por 180 Dias para Combate à Influenza Aviária

O Governo do Estado de Goiás tomou uma medida preventiva crucial na luta contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1). Em um ato publicado no Suplemento do Diário Oficial do Estado (DOE), datado de 15 de janeiro, foi promulgado o Decreto nº 10.393, que prorroga a situação de emergência zoossanitária por mais 180 dias, a partir de 30 de janeiro.

Essa decisão estratégica permitirá que o Estado, em parceria com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), intensifique suas ações de conscientização, prevenção, monitoramento e combate à gripe aviária em todo o território goiano.

É importante destacar que, até o momento, Goiás não registrou nenhum caso de Influenza Aviária, seja em aves silvestres, aves de subsistência (de quintal) ou em granjas comerciais. Este resultado é atribuído em grande parte aos esforços de conscientização e precaução realizados junto aos produtores do estado.

José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, enfatiza: “Com a prorrogação da emergência zoossanitária e o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária, estamos comprometidos em ampliar nossas ações, capacitando nossas equipes com ferramentas aprimoradas, fortalecendo barreiras sanitárias e acelerando a identificação de possíveis focos”.

A Agrodefesa já havia obtido mais de R$ 2,2 milhões do Ministério da Agricultura e Pecuária para ações preventivas contra a Influenza Aviária em Goiás. Essas medidas são fundamentais para proteger a avicultura nacional, uma vez que o Ministério havia declarado estado de emergência zoossanitária em todo o país em maio do ano anterior.

Embora Goiás se encontre em uma posição epidemiologicamente favorável em comparação com outros estados brasileiros, Rafael Vieira, gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, ressalta a importância de manter os esforços de prevenção: “Não tivemos nenhum caso registrado até o momento, mas é essencial manter as ações preventivas para garantir que isso permaneça assim”.

Com a prorrogação do decreto de emergência, o Estado continua a dispor de recursos e agilidade para evitar a entrada da doença em seu território, bem como para identificar e mitigar possíveis surtos com rapidez.

Rafael também destaca a responsabilidade dos avicultores, que devem seguir as orientações, como a instalação de telas em locais onde as aves são criadas ao ar livre e o fornecimento de alimentos e bebidas em instalações adequadas que evitem a entrada de aves silvestres e outros animais.

A Instrução Normativa nº 10/2023 estabelece diretrizes adicionais e prazos para o registro e o recadastramento de estabelecimentos comerciais avícolas na agência. Além disso, até 31 de janeiro, é necessário preencher a declaração de biosseguridade em granjas avícolas e inserir o documento no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago).

A Influenza Aviária é uma doença causada por vírus que pode ser transmitida de diversas maneiras, incluindo o contato com aves doentes e aves silvestres. No entanto, vale ressaltar que o consumo de carne e ovos não apresenta riscos, uma vez que esses produtos passam por tratamento térmico que inativa o vírus antes de serem consumidos.

Até o momento, nenhum caso da IAAP-H5N1 foi identificado em estabelecimentos comerciais em Goiás, mas é imperativo manter a vigilância e as medidas de prevenção para preservar o estado de saúde do setor avícola. De acordo com o Painel de Monitoramento do Mapa, até 16 de janeiro de 2024, foram registradas mais de 2.500 suspeitas em todo o país, com 151 casos confirmados em animais silvestres e de subsistência, em estados diversos. A prorrogação da emergência zoossanitária visa garantir a proteção contínua e a segurança da avicultura goiana.

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