O jornalista Batista Custódio, de 88 anos, faleceu em Goiânia devido a complicações decorrentes de pneumonia. O governador Ronaldo Caiado esteve presente no velório, realizado no cemitério Jardim das Palmeiras, prestando solidariedade à família. Durante o momento de despedida, Caiado destacou a intensidade de ideias que caracterizava a mente de Custódio, descrevendo-o como um cidadão que nunca se limitava a uma única versão dos fatos, sempre promovendo o debate construtivo em Goiás.
Referindo-se ao artigo do jornalista Ulisses Aesse, o governador homenageou Batista Custódio, afirmando que “o jornalismo chega ao céu” e prometendo realçar sua importância no governo, reconhecendo sua contribuição para a história de Goiás.
Ao recordar a trajetória de Custódio na comunicação, Caiado ressaltou sua influência como formador de opinião, especialmente no contexto político. Ele destacou a tradição de aguardar os artigos de Custódio antes das eleições para conhecer sua posição, expressando gratidão pelo reconhecimento, apoio e confiança do jornalista.
O velório contou com a presença de diversas autoridades e colegas de profissão. Em virtude do falecimento, o governador decretou luto oficial de três dias no estado. Batista Custódio, que lutava contra um câncer de pulmão, deixou um legado significativo no jornalismo goiano, participando de coberturas importantes na história do país, como a luta pelas Diretas Já e o acidente radiológico com o Césio 137.
Além disso, Custódio foi o fundador dos jornais Cinco de Março e Diário da Manhã. Este último, sob sua liderança, tornou-se um dos principais veículos de comunicação do Brasil, recebendo o Prêmio Esso de Jornalismo e o terceiro lugar como Melhor Veículo de Comunicação do país, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL) em 1984. Os jornais editados por Batista Custódio também desempenharam um papel crucial na formação de uma geração de jornalistas em Goiás.
