Goiás enfrenta um cenário alarmante com o crescente número de diagnósticos e internações devido a doenças como dengue e influenza. Desde o início do ano, a região registrou mais de 150 mortes relacionadas à dengue. Paralelamente, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ceifou a vida de 179 pessoas, com ênfase nos grupos vulneráveis, como crianças menores de 2 anos (16 mortes) e idosos com 60 anos ou mais. Um fator potencial contribuinte para esse quadro preocupante pode ser a baixa cobertura vacinal contra a dengue e influenza.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) destaca a mudança na sazonalidade dessas doenças, especialmente com as alterações climáticas, que se intensificam neste mês. Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde, ressalta o aumento histórico de casos de SRAG nesse período, quando os vírus respiratórios começam a circular de maneira mais intensa devido às inversões térmicas.
Amorim destaca a vulnerabilidade das crianças e idosos como principais vítimas das doenças respiratórias e enfatiza a importância da vacinação para esses grupos. Apela aos grupos prioritários para que busquem imunização rapidamente, observando que apenas 20,82% do público-alvo procurou a vacina contra influenza nos postos de vacinação em todos os 246 municípios.
A cobertura vacinal contra a COVID-19 também está em 20,82%, com Amorim ressaltando a importância da vacinação precoce para uma proteção eficaz. Amanda Limongi, superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, corrobora a eficácia da vacinação como o método mais eficaz para prevenir internações, tanto por dengue quanto por SRAG.
Limongi faz um apelo à população dos municípios ainda com vacinas contra a dengue em estoque, indicando que, dos 246 municípios de Goiás, 155 já esgotaram seus estoques, mas ainda há 10 mil doses disponíveis para aplicação. Ela destaca a necessidade de utilização dessas doses restantes, que vencerão em 30 de abril, mesmo com a ampliação da faixa etária para pessoas de 4 a 59 anos, válida apenas para esses lotes específicos de vacinas. Para o próximo lote, está programado o retorno da faixa etária de 10 a 14 anos como público-alvo.
